sexta-feira, abril 01, 2011

Difícil Decisão...


“A vida começa no final de sua zona de conforto”
(Neale Donald Walsch)

Uni duni duni tê Salamê míngüê?
Não... Não é bem assim...

Uma decisão é sempre um divisor de águas. Seja pensada, seja impetuosa, sempre haverá um momento antes e depois da decisão. Por isso mesmo, talvez, tenhamos tanto receio de nos deparar com situações onde nos seja cobrada uma decisão. Se alguém puder fazer isso por nós, agradecemos. Até concordamos em apoiar, ajudar, “dar aquela força”, mas se a “batata quente” estiver em nossa mão... É melhor passar à frente.

Equilíbrio nas emoções é quase mandatório nesse campo minado de tomada de decisão. Há que se estar pronto para receber o louvor e a culpa, os méritos e a responsabilidade sobre as inevitáveis conseqüências. Os méritos, pode ser que alguém os esqueça, mas a culpa... Ah, não se preocupe, não esquecerão.
Decidir é um exercício de maturidade, um degrau significativo na escalada da inteligência emocional.

Vale dizer que, errando ou acertando, a gente sempre ganha muito quando “decide decidir”. E quanto mais nos expomos a decisões, mais treinamos decidir, e, aos poucos, vai ficando menos complicado. Vamos desenvolvendo uma sensibilidade pessoal sobre as circunstâncias, sobre as pessoas, sobre nós mesmos, nossa habilidade de lidar com o futuro, com os riscos e, principalmente, nossa capacidade de recomeçar sempre. Decidir é sempre uma oportunidade de tornar-se alguém melhor, ainda que traga algum desconforto ou medo. É uma chance de revelar-se, em valores, opiniões e caráter.

Toda decisão que você toma - toda decisão - não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre Quem Você É. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos os eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui.
” - Neale Donald Walsch

Por isso temos que nos esforçar para não poupar nossos filhos de situações onde eles já possam “aprender a decidir”. Melhor não poupá-los de frustrações e mudanças para garantir uma aparente felicidade. Puro engano. Ninguém é feliz vivendo num mundo fictício. Isso só traz insegurança. Cedo ou tarde, o mundo se revela, de um modo ou de outro, e as conseqüências acabam sendo bem piores, eles se depararão com decisões mais impactantes na vida e fatalmente não estarão pronto para elas.
Amar é plantar e regar, e não crescer no lugar do outro! É ser o porto seguro, o lugar de retorno, o colo... Mas não é viver a vida do outro, mesmo que este outro seja um pedaço da gente!

Não estou divagando sobre regras que me parecem fáceis, ou dando conselhos a quem não pediu. Estou refletindo em voz alta, e reforçando estas certezas no meu próprio pensar, para que estejam mais vivas em mim diariamente.

A única coisa que vale compartilhar é que escrevo sobre o que já vivenciei. Esta é minha reflexão, mas não é uma teoria impraticável, de resultados inviáveis. È real e válido.

Comecei a decidir já tarde, mas, ainda assim, guardei a responsabilidade de cada experiência, e, hoje, tenho descoberto verdadeiros tesouros fruto destas (algumas doloridas) decisões.

Uma decisão pode ser de resultado rápido ou demorado, por uma estrada curta ou longa, mas se o que nos move estiver coerente com quem somos e com o que cremos, esta mesma energia nos manterá em paz e nos fortalecerá.

“Esforça-te e tem bom ânimo; não temas nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares”.
(Bíblia Sagrada, Livro de Josué, cap 1 vs.9)

Um comentário:

Unknown disse...

Oi Beth, que delícia ler seu blog. Amei!
E esse texto está inspirador.
Parabéns. Bjo, Carol

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