quarta-feira, junho 29, 2016

APOCALIPSE



Deixem-me lhes contar uma coisa.
Durante a minha infância, eu tinha muito medo do livro de Apocalipse. Quando ouvia a leitura da Besta, dos chifres, dos castiçais.... Ai que medo!!

No meio cristão, todo mundo se metia a entender, colocando-se no pedestal de “mestres no assunto”, cada um pregava uma versão mais assustadora que outra. Eu vivia esperando o mundo acabar, e achando que até o simples escrever “ 666”  era perigoso!  
Do modo que era colocado, realmente deixava qualquer criança apavorada! Mais que Teletubbies (parêntesis total: aff! Nunca houve nada tão esquisito na TV!!!! Risos)

Voltando:
Bom... Eu cresci.  E devo dizer, com certo constrangimento, que faz pouco tempo (comparativamente falando) que joguei fora as interpretações aprendidas e simplesmente reaprendi a ler e ouvir o livro de Apocalipse restringindo-me a dizer “Uau!”.
Sabem de uma coisa? Hoje, Apocalipse me fascina! Mesmo não conseguindo decifrar toda a riqueza dos seus símbolos, fico sobrenaturalmente tocada pela “vibe” da narrativa! É então que percebo que alguma coisa dentro de mim – que parece dizer a respeito de quem eu sou, de onde venho e para onde vou – se reconhece, e se emociona.
Pode até ser a “maior brisa”, mas é tão empírico quando sinto que, para mim, é espiritualmente real.
Sem medo, e sem qualquer pretensão intelectual de entendimento, eu sigo dizendo UAU! Porque, neste caso, deter-se  a um  entendimento fiel e único é como olhar um Van Gogh e tentar descobrir a marca da tinta e o tamanho do pincel que ele usava! Mesmo que você pesquisasse a respeito, desperdiçaria um tempo precioso de simples contemplação e encantamento.

Aliás, às vezes, contemplação é tudo.

"A contemplação são os olhos da Alma" (Jacques Bossuet)



Envelhecer é diferente de apodrecer

Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos você tem? (Confúcio) Eu, com certeza, seria velha, em qualquer momento. Devo ter na...