Preciso melhorar.
Minha verdade não é absoluta, tal como é certo que colocar a culpa nos outros me deixa mais confortável. Contudo, ainda incomoda...
Às vezes, me admiro, por outras, me condeno, e, por outras, sinto dó de mim. A primeira pode me levar à vaidade excessiva e à solidão; e as demais, à destruição.
Mas ando frustrada com as incoerências, superficialidades e falta de bom senso que me rodeiam.
Sem muita profundidade, poderia começar falando sobre o conteúdo dos sites de relacionamento. Convenhamos: certas postagens são totalmente desnecessárias e desprovida de bom senso, não acham? Permitam-me uma catarse pessoal, quase terapêutica, para desafogar a garganta: quem disse pra essa “galera” que eu estou interessada em saber exatamente tudo o que eles estão fazendo ou pensando? A opção do site é sugestiva, não mandatória. Certamente, cabe um critério mínimo de ética! Será que é assim tão difícil fazer um filtro rápido das informações e pensamentos, cuidando em postar aquilo que de fato acrescente (em valor), que seja útil, agradável e digno de ser compartilhado? Sabe de uma coisa? sou exigente demais com as pessoas. Não as discrimino, mas acabo julgando suas atitudes pelas minhas medidas. Isto não é bom.
Perdoem, mas não consigo evitar a reflexão.
Onde será que residem os fundamentos, os alicerces pessoais e os valores da construção desses perfis? Gente adulta, que ainda pensa como criança mimada, e acha que pode sair por aí alimentando suas vaidades imaturas, escancarando sua intimidade como quem joga lixo pela janela! Alguém poderia argumentar: estão apenas se divertindo! Que bom. Então, quando eles não estiverem brincando de viver, também poderão compartilhar coisas de valor? Muito bom. Vou esperar. Quem sabe não acabo me surpreendendo?!
Sabe de outra coisa? Quando eu não concordo, acabo sendo cínica. Que coisa feia!...
Mas sabe o que me frustra mesmo? A constatação da mediocridade entre os que convivem comigo, ou que, pelo menos, são parte do mesmo ambiente social, do mesmo grupo e comunidade.
Você sabe o que é ser medíocre, não sabe? É não ter valor expressivo, é ser trivial, banal. Segundo o Aurélio (dicionário), medíocre significa sem relevo, comum, ordinário, vulgar.
Gente medíocre é aquele tipo de gente superficial. Suas relações e seus valores baseiam-se nas coisas, nas aparências, na verborréia bonita, num perfil atualizado para “mostrar” quanto e o que se tem, que lugares freqüenta, e com quem se envolve. Recentemente, este tipo de gente subiu ao pódio (copiando o comentário de alguém). Seus relacionamentos não se resumem no afeto recíproco, na convivência em si, mas nos interesses subliminares, no status que o outro pode lhe oferecer, mais ou menos como o provérbio da vovó, só que adaptado para a era do marketing pessoal: “diga-me com quem tu andas, e direi quem tu és” (mas só serve para projeção e escalada profissional e social). É gente “Maria-vai-com-as-outras”... (Que me perdoem as Marias de valor!). Isto é ser medíocre.
Gente que não tem muito a oferecer, mas age e fala como se soubesse de tudo. Gente que, na hora de tomar partido a favor do menos favorecido, na hora de pagar pra ver, se omite, foge ou finge fazer coisas na carona de outros! Gente que não imprime esforço nem qualidade naquilo que não dá ibope... Gente que não faz diferença, e que trata a vida não como um dom, mas como uma fonte de recursos para satisfazer seus prazeres e vaidades. Gente que não vive pra servir não serve pra viver...
Mas nós precisamos de nossos relacionamentos, da convivência com iguais e diferentes, de afinidade e comunhão, pois estes são ingredientes que tornam a vida saudável, e completam o propósito de uma vida abundante. Nenhum ser humano tem poder de soprar sentido na vida do outro. Por maior energia que consigamos emanar, não somos Deus. Não somos Deus também porque é muito difícil pra gente separar a pessoa de suas práticas e seus comentários, de sua evidente escala de valores que tanto nos frustra.
Não sou Deus, mas a minha vida deve refletir atitudes de quem tem Deus dentro de si, e acredito que este é o espaço de manifestação do Espírito Santo em mim. Minhas referências são os exemplos de Jesus, já que, para mim, Ele foi a “exata expressão de Deus”, n’Ele Deus se revelou e me mostrou o caminho a seguir. Confesso que preciso diariamente rever o aprendizado deste caminho...
Mas ando frustrada com as incoerências, superficialidades e falta de bom senso que me rodeiam.
Sem muita profundidade, poderia começar falando sobre o conteúdo dos sites de relacionamento. Convenhamos: certas postagens são totalmente desnecessárias e desprovida de bom senso, não acham? Permitam-me uma catarse pessoal, quase terapêutica, para desafogar a garganta: quem disse pra essa “galera” que eu estou interessada em saber exatamente tudo o que eles estão fazendo ou pensando? A opção do site é sugestiva, não mandatória. Certamente, cabe um critério mínimo de ética! Será que é assim tão difícil fazer um filtro rápido das informações e pensamentos, cuidando em postar aquilo que de fato acrescente (em valor), que seja útil, agradável e digno de ser compartilhado? Sabe de uma coisa? sou exigente demais com as pessoas. Não as discrimino, mas acabo julgando suas atitudes pelas minhas medidas. Isto não é bom.
Perdoem, mas não consigo evitar a reflexão.
Onde será que residem os fundamentos, os alicerces pessoais e os valores da construção desses perfis? Gente adulta, que ainda pensa como criança mimada, e acha que pode sair por aí alimentando suas vaidades imaturas, escancarando sua intimidade como quem joga lixo pela janela! Alguém poderia argumentar: estão apenas se divertindo! Que bom. Então, quando eles não estiverem brincando de viver, também poderão compartilhar coisas de valor? Muito bom. Vou esperar. Quem sabe não acabo me surpreendendo?!
Sabe de outra coisa? Quando eu não concordo, acabo sendo cínica. Que coisa feia!...
Mas sabe o que me frustra mesmo? A constatação da mediocridade entre os que convivem comigo, ou que, pelo menos, são parte do mesmo ambiente social, do mesmo grupo e comunidade.
Você sabe o que é ser medíocre, não sabe? É não ter valor expressivo, é ser trivial, banal. Segundo o Aurélio (dicionário), medíocre significa sem relevo, comum, ordinário, vulgar.
Gente medíocre é aquele tipo de gente superficial. Suas relações e seus valores baseiam-se nas coisas, nas aparências, na verborréia bonita, num perfil atualizado para “mostrar” quanto e o que se tem, que lugares freqüenta, e com quem se envolve. Recentemente, este tipo de gente subiu ao pódio (copiando o comentário de alguém). Seus relacionamentos não se resumem no afeto recíproco, na convivência em si, mas nos interesses subliminares, no status que o outro pode lhe oferecer, mais ou menos como o provérbio da vovó, só que adaptado para a era do marketing pessoal: “diga-me com quem tu andas, e direi quem tu és” (mas só serve para projeção e escalada profissional e social). É gente “Maria-vai-com-as-outras”... (Que me perdoem as Marias de valor!). Isto é ser medíocre.
Gente que não tem muito a oferecer, mas age e fala como se soubesse de tudo. Gente que, na hora de tomar partido a favor do menos favorecido, na hora de pagar pra ver, se omite, foge ou finge fazer coisas na carona de outros! Gente que não imprime esforço nem qualidade naquilo que não dá ibope... Gente que não faz diferença, e que trata a vida não como um dom, mas como uma fonte de recursos para satisfazer seus prazeres e vaidades. Gente que não vive pra servir não serve pra viver...
Mas nós precisamos de nossos relacionamentos, da convivência com iguais e diferentes, de afinidade e comunhão, pois estes são ingredientes que tornam a vida saudável, e completam o propósito de uma vida abundante. Nenhum ser humano tem poder de soprar sentido na vida do outro. Por maior energia que consigamos emanar, não somos Deus. Não somos Deus também porque é muito difícil pra gente separar a pessoa de suas práticas e seus comentários, de sua evidente escala de valores que tanto nos frustra.
Não sou Deus, mas a minha vida deve refletir atitudes de quem tem Deus dentro de si, e acredito que este é o espaço de manifestação do Espírito Santo em mim. Minhas referências são os exemplos de Jesus, já que, para mim, Ele foi a “exata expressão de Deus”, n’Ele Deus se revelou e me mostrou o caminho a seguir. Confesso que preciso diariamente rever o aprendizado deste caminho...
Ajudaria pensar que o fato não merece minha tolerância, mas que posso salvar a pessoa do ardor da minha crítica pessoal. O amor tem que falar mais alto. Caso a mediocridade prevaleça, é o tal livre arbítrio. A gente escolhe tudo, até mesmo viver uma vida medíocre.
Eu quero escolher diariamente o amor; o amor de Deus em mim revelado na convivência com iguais e diferentes, e a certeza de que sou uma eterna aprendiz. Não quero escolher a vaidade excessiva, não quero escolher a solidão, nem me destruir. Meu objetivo é fazer diferença. Eu escolho uma vida com significado. Todos os dias. E você?
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(1) João, em sua visão, teria recebido do anjo a incumbência de enviar cartas de revelação às supostas igrejas da Ásia (que deveriam ser as comunidades do início do cristianismo que moravam naquela região - ver Apocalipse 1:11). Uma das igrejas chamava-se Laodicéia (atualmente, Lataquia, na Síria – se houver curiosidade, vejam http://pt.wikipedia.org/wiki/Lataquia).
(1) João, em sua visão, teria recebido do anjo a incumbência de enviar cartas de revelação às supostas igrejas da Ásia (que deveriam ser as comunidades do início do cristianismo que moravam naquela região - ver Apocalipse 1:11). Uma das igrejas chamava-se Laodicéia (atualmente, Lataquia, na Síria – se houver curiosidade, vejam http://pt.wikipedia.org/wiki/Lataquia).
4 comentários:
Legal, Beth, estas tuas reflexões.
Não é fácil lidar com as banalidades e mediocridades à nossa volta, mas temos sempre "o volante na mão" e o "pé no freio", para saber (ou aprendermos) a nos dirigirmos e, principalmente, estacionarmos onde e quando desejarmos. Ou até onde suporte a nossa sensibilidade.
Mas o desafio da vida é esse mesmo: conviver com a diversidade sem muito estresse!
Felizmente temos um recurso que nos salva de contágios negativos por "exposição demasiada a relacionamentos 'sem noção', 'sem futuro' e 'sem retorno'": o vasto campo da nossa intimidade, o nosso silêncio interior, que pode ser rico e compartilhado exteriormente em alguns momentos, mesmo naqueles em que precisamos conviver com a mediocridade.
Nos vemos por aí!
Abraços
Abel
Amiga, suas palavras são sempre muito sábias... Obrigada por compartilhá-las conosco! beijão
Amiga, lindo como sempre! Já está lá no meu humilde blog.
Beijinho
Lú
Ola! Adoro escrever tambem e adorei ler seu texto. Já estou seguindo...
Bjtos.
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