Certas pessoas, quando vão embora, levam um pedacinho de nós.
E, assim, a gente vai ficando desbotada, desbotada, até sumir de vez.
Mesmo que eu me esforce para traduzir, por exemplo, para meus filhos, certos momentos da minha infância, não será possível uma impressão fiel em intensidade e valor. Recordar só é viver para quem fez parte e dividiu aquele momento da história com a gente.
Mas, ainda assim, acho que é importante contar às gerações vindouras as nossas histórias e seus personagens. Trechos alegres, tristes, de sucessos ou não, há que se contar com fervor, com um coração apaixonado e apaixonante, imbuído da emoção que couber. Porque se quem eu fui e sou já não me seduz, não o fará com mais ninguém!
Influenciar pessoas e ser por elas influenciados é, de certo modo, uma tentativa de eternizar-se.
Nada é garantido, mas fica o desejo e a emoção, um dia, compartilhada. Já é alguma coisa.
Maria, muito obrigada! Fui muito feliz enquanto sonhava correndo em sua varanda que mais parecia o mundo!
Um comentário:
Bonito texto, Betoca!!!
Fiquei triste também com a notícia, pois a "Mariazevedo" e o "Zézevedo" são lembranças muito significativas de uma infância muito bem vivida. Não pude evitar a saudade doída do Riquinho...
Te amo!
Beijabraço.
Postar um comentário