quarta-feira, abril 27, 2011

Eu ainda acredito



Na nobreza de nosso pouco humano,
Há bichos por baixo de panos,
Fantasiando seus planos,
Convivendo com enganos,
Vestindo-se de falsos encantos.

Na pobreza de nossas pretensões,
Há barracos morando em mansões,
Maquiando as situações,
Usurpando-se anfitriões
De falidas ilusões.

Em contextos contraditórios,
De frustrações afins,
Surgem intentos simplórios,
Que se revelam marfins
Perdidos num mar profundo,
Quem sabe no fim do mundo….
Bem longe, tão longe assim.

São coisas do dia-a-dia,
Detalhes que, como a poesia,
Tocam bem dentro de mim…
É uma palavra de súbito,
Sorrisos, soluços, sussurros,
O que me permito, enfim.

Nem tudo está perdido.
Eu ainda acredito
Que possa ser mesmo assim.

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