Ter filhos e acompanhá-los num relacionamento sincero,
intenso e transparente nos desafia como pais
e como gente. E, sobre isto, digo-lhes que, muitas vezes,
precisamos saber perder, ou pelo menos reconhecer as riquezas que esta
relação entre gerações diferentes pode nos proporcionar. Uma delas é o novo olhar sobre o Mundo, e uma leitura despretensiosa de tudo que já não
nos é tão familiar...
Há que se ter mente aberta, flexibilidade, e certa dose
de desprendimento para se reconsiderar opiniões e impressões sobre a vida, seus movimentos, suas formas e funções, e, então, definir o que é eterno, e o que é negociável.
As coisas se resignificam -
histórica e socialmente, é fato.
Partindo desta premissa, eu comecei a considerar o seguinte:
Na transcendência da vida humana, a fé é um fluido onde
muitas coisas se movimentam, é o lubrificante das engrenagens da vida, engrenagens estas
diversas, e passíveis de novos conceitos, entendimento e revelações. Cada dia,
um novo dia, tudo novo... Ou seja, não
existem impressões congeladas ou
opiniões imutáveis.
O mundo gira, o tempo passa, e coisas mudam... E a fé segue sendo aquilo que faz tudo
funcionar sem ranger ou quebrar, mesmo que o mecanismo se altere.
Ora! Deus é atemporal! Nele não há evolução ou regressão, Ele simplesmente é,
e o seu ser é essencialmente amor - e este amor é o combustível indispensável,
propulsor do motor da vida.
A fé e o amor sobrenaturalmente se encaixam nos inevitáveis ajustes do universo, e, neste, Deus é, e segue sendo humanamente inatingível.
O tempo não afeta Deus, logo, nenhuma verdade circunstancial, conceitos de
época, ou qualquer coisa que sofre o tempo e desafia nosso entendimento pode se
justificar ou sustentar-se na aparência primária das coisas, no
conservadorismo, ou nas tradições. Há que se renovar o entendimento, e deixar-se ser movido pela fé, e pelo amor,
“...transformem-se pela renovação da sua mente, para que
sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade
de Deus. (Romanos 12:2)
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