Algumas vezes, no dia-a-dia, me
deparo com situações diante das quais consigo contemplar com tanta clareza a revelação divina que me é impossível conter a emoção. É como
se, numa introspecção, eu fosse levada numa inexplicável viagem ao sobrenatural mundo dos mistérios que
rodeiam nossas vidas diariamente. Nesta
catarse emocional, envolta num “lençol” de espiritualidade, eu vejo Deus.
Pode parecer meio fantástico e transacional,
mas lhes asseguro que é empírico e que tenho pleno controle de minhas
faculdades mentais.
Existem coisas que nos acontecem
(que vemos, ouvimos ou mesmo nos envolvem) que deveriam ganhar mais a nossa
atenção. Tudo ficou tão banalizado, que negligenciamos o maravilhoso! São
momentos onde, mais que um ser distante a quem dirijo minhas orações e
pensamentos diários, Deus pode ser concreto. Um concreto sobrenatural, por mais
paradoxal que possa parecer, mas é concreto, pois, dependendo da situação, eu
não só o percebo e sinto, como posso quase tocá-lo!
Quando li A Cabana, embora tenha entendido
a proposta do autor, considerei a história na lente da ficção, e, por vezes,
desprezei totalmente situações por considerá-las improváveis. Achei bom que o livro tenha tido
um efeito tão positivo sobre pessoas que nunca dantes haviam se permitido uma
análise do mundo espiritual, e também
sobre outras que desejavam compreender, mas tinham dificuldade. Enfim, o livro foi uma febre. Por quê? Porque
mesmo em forma de ficção, a história contada revelava o que nós buscamos todos
os dias – compreender os mistérios da vida.
Talvez os mistérios por enquanto não
nos sejam mesmo todos claramente revelados (Porque
agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora
conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente
conhecido. 1 Coríntios 13:12), mas isto não
significa que na experiência de vida a gente não tenha a revelação do que
permanece (Agora, pois, permanecem a fé, a
esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor. 1 Coríntios 13:13).
Uma boa oportunidade para se
experimentar esta “parte revelada” é revisitar os baús! Não só os físicos, mas, com eles,
os emocionais e situacionais.
Reserve um tempo para rever com sua família, amigos ou mesmo sozinho seus
vídeos, fotos antigas e papéis (bilhetinhos, documentos, e até despesas!). Não
menospreze o que momentos tão aparentemente comuns podem oferecer! Você
descobrirá a mão de Deus na sua história – desde sua simples evolução humana
(uau! Você cresceu e ficou mais bonito!), até a presença dEle na sua trajetória
de vida: o que ficou pra trás, até onde
Ele te guiou, do que te livrou, quando te amparou, de quem Ele te aproximou, e
tudo o quanto já te deu (apesar de tudo que você acha que ainda não tem). Experimente.
Você realmente perceberá que é fantástico, mas não no sentido absurdo, e sim no
sentido do maravilhoso!
Deus é amor. E ele, como parte do
que permanece, está pronto pra ser revelado diariamente. Você até pode encontrar
Deus numa cabana, mas pode viver e tocá-lo todos os dias. Preste mais atenção. Pode estar bem aí, do seu lado.
Um comentário:
Agradeço à Ele todos os dias por estar na minha vida e dos meus, triste daquele que ainda não O conhece.
Beijos em todos e tenham um fim de semana abençoado.
Lú
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