Não sou a favor de nenhum tipo de manipulação, seja ela cultural, religiosa, ou comportamental.
As diferenças e as escolhas pessoais devem ser, no mínimo, respeitadas e permitidas, mas isto é algo que acontece naturalmente, sem provocação de popularidade, supervalorização, nem “endeusamento” dos arquétipos, por piores que sejam.
É muito importante que meu filho aprenda a conviver indiscriminadamente com baixos, altos, gordos, magros, negros, brancos, carecas, cabeludos, homossexuais, heteros, radicais, flexíveis, etc., mas que isto seja aprendido em casa, pelo exemplo dado, pela convivência genuína com o próximo, pelas oportunidades iguais na sociedade, e não porque fica horas diante de uma programação de TV, assistindo intrigas e intimidades de egos adultos inflados que buscam fama e dinheiro fácil (convenhamos, não é difícil!), e que são incentivados a exposição de sua libido, de seu desequilíbrio emocional e de sua capacidade de “infernizar” ou sair ileso do inferno da convivência com diferentes. (Que no fundo, literalmente no fundo, são iguais.).
Isto é um desperdício de tempo e recurso da emissora. Mas, lamentavelmente, eles têm sua audiência...
Sim, é lamentável nos darmos conta de que o que resta de interessante na vida de tanta gente seja realmente um paredão! Ou que para os menos obcecados seja apenas divertido e relaxante ouvir e ver tanta coisa descartável!
Talvez valesse a pena um esforço mínimo de cada um para buscar aquele pedacinho nosso que pode melhorar nós mesmos, o outro, os nossos, a casa, a vida, o mundo! Somos fruto do meio. A gente fala o que pensa, e nossos pensamentos e reflexões são resultado de tudo que lemos, ouvimos, assistimos, convivemos, e conhecemos. Quanto mais eu me envolver com coisas boas e enriquecedoras, melhores serão minhas relações, minhas conversas, e minha troca de conhecimento. Coisas que verdadeiramente edificam, ou seja, constroem relacionamentos sustentáveis e de valor.
Acorda, pessoal! A vida é muito mais que BBB e Michel Teló! E se você já é um caso perdido, poupe pelo menos suas crianças de uma formação tão sem horizonte cultural!
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